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Química Tecnológica

Curso de Graduação em Química Tecnológica

CEFET-MG

Trabalho de Iniciação Científica estuda ação farmacológica dos chás medicinais em relação ao armazenamento e metodologia de infusão

Última modificação: Quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Um trabalho desenvolvido em projeto de iniciação científica e Iniciação Científica Jr. Pelas discentes Clara Cardos Costa e Bárbara Vitória de Souza Marciano, sob orientação das professoras Esther Maria Ferreira Lucas e Ana Maria de Resende Machado investigou como a forma de armazenamento das folhas e as condições de preparo do chá de hortelã podem afetar seu perfil químico, e consequentemente, sua ação farmacológica.

Resumo envidado pela
Professora Esther Maria Ferreira Lucas

Dentre as espécies de plantas medicinais utilizadas pela população brasileira, uma das mais comuns é o Hortelã (Mentha sp.). Tal espécie é indicada para tratar disfunções digestivas, colesterol alto, dores de cabeça, garganta inflamada, problemas de coração, ansiedade e cólica menstrual. No presente trabalho foi verificado como o perfil químico das infusões (chás) produzidos por folhas de hortelã é alterado, mediante à variação das metodologias de extração e formas de armazenamento das folhas. Na obtenção das infusões utilizou folhas frescas, secas, refrigeradas (por 7 dias) e congeladas (por 7 e 30 dias). Nos métodos de preparo utilizaram como solvente extrator o acetato de etila (controle), água fervente e a temperatura ambiente, além das infusões serem realizadas sem e com ultrassonificação por 5 e 15 minutos. As análises dos extratos foram realizadas por GC-MS, sendo que nos extratos aquosos foi executado previamente a microextração líquido-líquido dispersiva. Nos extratos em que o acetato de etila foi utilizado como solvente obteve-se: α-pinene, β-pinene, limoneno, carvona, β-cariofileno e germacreno D, quando o extrato foi preparado empregando folhas frescas. Limoneno e carvona, quando empregada as folhas resfriadas e congeladas por 7 dias, e apenas carvona. Nos extratos preparados utilizando folhas secas e congeladas por 30 dias, quando se utilizou água quente com ultrassonificação por 15 minutos, obteve-se: β-pinene, linalol e carvona, já em todas as outras condições de extração utilizando água, apenas a carvona foi extraída. Considerando as atividades biológicas já comprovadas cientificamente para os metabólitos extraídos, pode-se inferir que as infusões de hortelã preparada por folhas secas e congeladas por 7 ou 30 dias deverão apresentar apenas ação analgésica. Já os chás preparados pela infusão das folhas frescas, em água fervente por 15 minutos, poderiam apresentar ações analgésica, antinociceptiva e antibacteriana, devida ação da carvona, linalol e β-pineno, respectivamente.

 

Referências:

Costa, C.C; Marciano, B.V; Machado, A.M.R; Lucas, E.M.F. CAPÍTULO 17 INFLUÊNCIA DA FORMA DE ARMAZENAMENTO DAS FOLHAS E MODO DE PREPARO DE CHÁS DE Mentha sp EM SEU PERFIL QUÍMICO. Ciências exatas e da terra: exploração e qualificação de diferentes tecnologias 2. Editora atena. p.201-212; Ponta Grossa, PN, 2020.